sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Testes com cocaína

Determinação do teor de cocaína em amostras apreendidas de entorpecentes utilizando técnica de HPLC com detecção UV-Vis


 Assim como a maconha, a cocaína constitui em uma das formas de substâncias entorpecentes de maior incidência nas apreensões realizadas pelas forças policiais no Estado de São Paulo. A cocaína (Fig. 1) constitui o mais importante alcalóide natural extraído das folhas do arbusto Erythroxylon coca. A administração deste entorpecente dá-se por via nasal ou endovenosa. O subproduto do refino da cocaína, o qual constitui uma forma pastosa, de aspecto marrom-amarelado, popularmente conhecido como “crack”, o qual é pouco solúvel em água, mas que se
volatiliza facilmente quando aquecido (95 oC), é comumente fumado em cachimbos.

Estrutura molecular da cocaína


Neste contexto, o desenvolvimento de metodologias de análise dos princípios ativos de substâncias entorpecentes constitui em importante linha de pesquisa no campo da química forense. Assim, este trabalho possui como objetivo, analisar o teor de cocaína em amostras de entorpecentes, na forma de cocaína e de crack, apreendidas pela polícia do estado de SP. As condições isocráticas otimizadas foram obtidas como sendo: fase móvel – acetonitrila/água (95:5), comprimento de onda em 224nm e coluna C18 com “guard column” C18, marca Labtron. As soluções padrão de cocaína também foram preparadas em acetonitrila, mediante diluição de padrão certificado.

O tempo médio de retenção para a cocaína foi de 3,5 min. Os valores de recuperação obtidos após adição de alíquotas de padrões situaram-se entre 97,9% e 101,2% .A relação entre o sinal espectrofotométrico e a concentração da espécie estudada apresentou linearidade em todo o intervalo estudado (1 – 40ppm), sendo obtido um coeficiente de correlação linear de 0,999, bem como um valor de sensibilidade cromatográfica de 8,9x105 ppm-1. A análise de amostras apreendidas indicou a presença de cocaína teores compreendidos entre 13,6 a 77,6 %, conforme apresentado na Tabela 1.



Com base na análise dos resultados obtidos, pôde-se concluir que a metodologia utilizada apresentou-se rápida e eficaz para a detecção e dosagem de cocaína em amostras de cocaína e de crack apreendidas pela polícia. Adicionalmente, pôde-se constatar a presença de impurezas presentes nas referidas amostras, sendo de 22 a 35% para amostras de cocaína e de 82 a 86% para amostras de crack.


Saiba Mais:       

OLIVEIRA, Marcelo Firmino de et al. Análise do teor de cocaína em amostras apreendidas pela polícia utilizando-se a técnica de cromatografia liquida de alta eficiência com detector UV-Vis. Eclet. Quím. [online]. 2009, vol.34, n.3, pp. 77-83.


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