Determinação do
teor de cocaína em amostras apreendidas de entorpecentes utilizando técnica de
HPLC com detecção UV-Vis
Estrutura
molecular da cocaína
Neste contexto, o desenvolvimento de
metodologias de análise dos princípios ativos de substâncias entorpecentes
constitui em importante linha de pesquisa no campo da química forense. Assim,
este trabalho possui como objetivo, analisar o teor de cocaína em amostras de
entorpecentes, na forma de cocaína e de crack, apreendidas pela polícia do
estado de SP. As condições isocráticas otimizadas foram obtidas como sendo:
fase móvel – acetonitrila/água (95:5), comprimento de onda em 224nm e coluna C18
com “guard column” C18, marca Labtron. As soluções padrão de cocaína também
foram preparadas em acetonitrila, mediante diluição de padrão certificado.
O tempo médio de
retenção para a cocaína foi de 3,5 min. Os valores de recuperação obtidos após
adição de alíquotas de padrões situaram-se entre 97,9% e 101,2% .A relação
entre o sinal espectrofotométrico e a concentração da espécie estudada
apresentou linearidade em todo o intervalo estudado (1 – 40ppm), sendo obtido
um coeficiente de correlação linear de 0,999, bem como um valor de
sensibilidade cromatográfica de
8,9x105 ppm-1. A análise de amostras apreendidas indicou a presença de cocaína teores
compreendidos entre 13,6 a 77,6 %, conforme apresentado na Tabela 1.
Com base na análise dos resultados obtidos,
pôde-se concluir que a metodologia utilizada apresentou-se rápida e eficaz para
a detecção e dosagem de cocaína em amostras de cocaína e de crack apreendidas
pela polícia. Adicionalmente, pôde-se constatar a presença de impurezas
presentes nas referidas amostras, sendo de 22 a 35% para amostras de cocaína e
de 82 a 86% para amostras de crack.
OLIVEIRA, Marcelo Firmino de et al. Análise do teor de cocaína em amostras apreendidas pela polícia utilizando-se a técnica de cromatografia liquida de alta eficiência com detector UV-Vis. Eclet. Quím. [online]. 2009, vol.34, n.3, pp. 77-83.
Nenhum comentário:
Postar um comentário